sábado, 19 de novembro de 2016

Por que o sábado é dedicado a Nossa Senhora?

O Sábado de Nossa Senhora

“O Sábado Santo é o dia em que a Igreja contempla o “repouso” de Cristo no túmulo depois do combate da cruz. Neste dia, a Igreja, mais uma vez, se identifica com Maria. Na escuridão que envolve a criação, Ela permanece só a manter a chama da fé acesa, esperando contra toda a esperança na Ressurreição de Cristo.” (Papa Francisco, 01 de abril de 2015)

O Sábado Santo intermedeia a Sexta-feira da Paixão e o Domingo da Páscoa, isto é, se situa entre os dias da Morte e da Ressurreição de Jesus. Tal ocasião foi vivenciada por Maria com esperançosa expectativa: ela permaneceu confiante mantendo viva no coração a chama da fé na Ressurreição, acreditando que Aquele que morreu na Cruz e foi sepultado não permaneceria na morte.No santuário de Lourdes, na França, o caminho doloroso de Jesus (Via-Sacra) apresenta uma estação a mais do que as habituais: Maria em oração diante do túmulo do Senhor (na estação seguinte, Jesus ressuscita). Com sua presença, a Sexta-feira do sofrimento se transforma em sábado de esperança. A Virgem nos ensina a crer e a esperar, assim, não apenas o Sábado Santo, mas todos os sábados são dedicados a ela. (O Mensageiro de Sto. Antonio, ano 51, nº4) 
Sábado, Dia de Nossa Senhora 
Rita de Sá Freire
Segundo a tradição, a Igreja tem por costume dedicar o Sábado a Nossa Senhora pelo fato de ter sido no primeiro Sábado Santo que Ela viveu sem ter Jesus vivo. Esse dia foi considerado o Sábado da solidão,  do  deserto,  da  morte  e  do  luto.  Foi  o  dia  em  que  Maria Santíssima chorou  e sofreu  pela  ausência  de seu  Filho.  Podemos pensar que foi  no sábado que precedeu a  Ressurreição  de  Jesus que a Virgem Maria viveu o mistério da dor, profetizado por Simeão:“Uma espada de dor transpassará tua alma (Lc.2,35). Entretanto, Ela manteve-se  firme  na  fé,  com esperança  inabalável  em  seu Doloroso  e  Imaculado  Coração, aguardando a Ressurreição d’Ele. De  acordo  com  a  Exortação Apostólica  Marialis  cultus  sobre  o Culto  da  Virgem  Santíssima  na Liturgia:
“9.  Não  se  deve  esquecer,  por  outro  lado,  que  o  Calendário romano geral não registra todas as celebrações de conteúdo mariano: é aos Calendários particulares que compete recolher, com fidelidade as normas litúrgicas mas também com cordial adesão,  as  festas  marianas  próprias  das  diversas  Igrejas locais.  E  falta  ainda  acenar  à  possibilidade  de  uma comemoração  litúrgica  frequente  da  Virgem  Santíssima, mediante o recurso à memória de Santa Maria “in Sabbato”: memória  antiga  e  discreta,  que  a  flexibilidade  do  Calendário atual  e  a  multiplicidade  de  formulários  do  Missal  tornam extremamente fácil e variada.”
Com  o  passar  do  tempo,  muitos  fiéis passaram  a  celebrar  o  dia  de  sábado  com muitos atos de piedade cristã, em honra da Virgem  Santíssima,  tais  como:  recitando  as “Mil Ave-Marias”, rezando o terço em família e  o  Ofício  da  Imaculada  Conceição,  indo  à Missa,   recebendo  a  Eucaristia,  realizando
obras de amor ao próximo.
Nas aparições de 13 de junho e 13 de julho de  1917,  Nossa  Senhora  de  Fátima, chamou a atenção de Lúcia para o costume de  dedicar  os  sábados  em  Sua  honra  e rezar o terço em reparação:
“Jesus  quer  estabelecer  no  mundo  a  devoção  do  meu Imaculado Coração”. Depois os três pastorzinhos viram Nossa Senhora  tendo  em  sua  mão  direita  um  coração  cercado  de espinhos.  Compreenderam  que  era o  Coração Imaculado  de Maria,  ultrajado  pelos  pecados  da  humanidade,  que  pedia reparação.
“Se fizerem o que vou vos dizer, muitas almas serão salvas e haverá paz. [...] Voltarei para pedir a consagração da Rússia ao  meu  Coração  Imaculado  e  a  devoção  reparadora  dos primeiros sábados (do mês).”
Honrar  Nossa  Senhora  especialmente  nos sábados vem nos recordar que a Mãe de Deus quer nos apontar  a direção de seu Filho que é o  Senhor  dos  nossos  dias  e  todos  os  outros dias da semana.

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